"Eu sustento que a verdade é uma terra não trilhada e que não a alcançareis por nenhum caminho, nenhuma religião, nenhuma seita... não quero seguidores...
...Desejo que todos os que queiram compreender-me sejam livres, não para me seguirem, não para fazerem de mim uma gaiola que se torne uma religião, ou seita. Deverão antes estar livres de todos os temores _ do medo da religião, do medo da salvação, do medo da espiritualidade, do medo do amor, do medo da morte, do medo da própria vida.
...A paz e a liberdade são uma necessidade absoluta, porque nada pode florescer, funcionar plena e completamente, a não ser na paz, e a paz não é possível sem a liberdade."
"Por conseguinte, a compreensão da natureza do conflito exige, não a compreensão de vosso conflito individual, porém a compreensão do conflito total, vosso conflito como ente humano, esse conflito total, que inclui o nacionalismo, as diferenças de classes, a ambição, a avidez, a inveja, o desejo de posição e prestígio, o desejo de poder, de domínio, o sentimento do medo, de culpa, de ansiedade (que também inclui a morte), a meditação _a totalidade da vida. E, para compreender o todo da vida, não devemos ver e escutar fragmentariamente, porém olhar o vasto mapa da vida. Uma de nossas dificuldades é que funcionamos fragmentariamente, cada um numa só seção ou parte _ como engenheiro, artista, cientista, negociante, advogado, físico _ como entidade dividida, fragmentada. E cada fragmento está em guerra com outro fragmento, desprezando-o ou sentindo-se superior a ele."
Viagem Por Um Mar Desconhecido, Krishnamurti