Cinismo!!!!

Esta palavra é um ótimo exemplo de como o tempo, a cultura, as interpretações diferentes e por fim o costume, podem gerar novos significados distorcidos para um termo... pois, cinismo, originalmente, representa uma corrente filosófica fundada por um discípulo de Sócrates, Antístenes de Atenas, em 400 a. C. Filosofia que tem por objetivo dizer que nada externo à própria pessoa, pode trazer a felicidade, uma vez obtida, nunca mais poderia ser perdida. Hoje esta palavra adquiriu uma conotação de indiferença e insensibilidade para com o sofrimento alheio...e por isso deu as pessoas um significado tão repulsivo e distante da sua origem.

O maior representante desta corrente filosófica, Diógenes de Sínope, discípulo de Antístenes, morava dentre de um barril, possuía apenas uma túnica, um cajado e uma sacola de pão. Quando perguntado por Alexandre Magno sobre o que poderia fazer por ele, disse uma frase maravilhosa e que definia bem sua prática filosófica: _Desejo apenas que te afastes do meu Sol. (...rsrs... Não é maravilhoso?) _ Claro! Certamente, Alexandre estava entre ele e o seu barril e o sol, projetando uma incômoda sombra! rsrs...Julgou tudo supérfluo.

O cristianismo por sua vez tomou emprestado algumas das nuances destas correntes filósicas. Hoje relembrando as leituras dos monges do deserto, que abdicavam de tudo para viver o ascetismo, apesar de haver diferenças quanto ao impor-se o sofrimento como vitória sobre as paixões humanas que "geram sofrimento" pode-se perceber que o espírito humano busca interminantemente respostas e o ponto de equilíbrio entre a dor e o prazer.

Insides

Tenho "insides" (expansões de consciência momentâneas) quando leio Einstein ou quando leio Buda. Do cientista mais cético, ao místico mais convicto, percebo as mesmas elevações de espírito... falam das mesmas coisas, olhando de outro ângulo!

Sobre O Quarto Caminho de Gourdjeff

A máquina humana se divide em 4 centros conhecidos e mais 3 que não temos conhecimento no estágio em que nos encontramos (conforme Gourjeff) mas esta parte já fica no campo da metafísica. Atenho-me apenas aos 4 primeiros estágios, que por ora já me dão trabalho o suficiente.

1. Função Intelectual: O Pensamento.
2. Função Emocional: Todos os nossos sentimentos.
3. Função Instintiva: Todas as funções internas, com as quais nascemos.
4. Função Motora: Nossos movimentos físicos.

No nosso estágio atual temos o hábito de misturar as funções por falta de consciência, o que causa bastante sofrimento e consumo de energia. Por falta de consciência destas principais funções, as misturamos no agir do dia a dia, e não compreendendo o que acontece, sofremos pela falta de observação. A função instintiva e emocional geralmente comanda as nossas ações, usando como ferramenta principal a função motora para o desfecho das situações, quando deveríamos apenas usar a função intelectual. Gerenciar o pensamento se torna uma tarefa quase impossível... ainda que pensar o pensamento pareça ser a única chance de desenlace... Percebo que dentro da intelectualidade existe um estágio superior de emoção! Porém, podemos observar nossa primitiva forma de agir, quando ouvimos uma ofensa: nossos músculos se retesam, nosso cérebro derrama adrenalina no sangue, ficamos corados, e aí, se não contarmos até dez, a ferramenta motora entra em ação. O contar até dez faz toda a diferença. É aí que entra o desenvolver da disciplina de pensar o pensamento, que nos torna seres evoluídos... Temos ferramentas evolutivas que nos permitem gerenciar nossas opçãos.

Relembrando Leis Universais

Lei do 3: Positivo, Negativo e Neutro!

Lei do 7: Um exemplo!

1000 a 2000 vibrações: Este período de vibração crescente é dividido em sete notas, mais uma repetição da 1a. (formando uma 8a.). Dentro desta oitava há dois momentos em que as vibrações diminuem de velocidade por si mesmas: semi-tons. Esta lei universal impede que, por exemplo, chova sem parar mais, ou seja, desvia os acontecimentos de uma conclusão final. Em cada semi-ton que falta, ocorre um desvio...

Conceito enraizado!

"Numa aldeia afastada da civilização vivia um grupo de pessoas que desenvolveram uma anormalidade genética que os fazia ter somente oito dedos nas mãos: eles não tinham o polegar. Viviam totalmente alheios ao fato de que isto era anormal e achavam, através das gerações, que eram perfeitamente normais. Um dia veio um estrangeiro de passagem e lhes pediu hospedagem e viram que ele possuía dez dedos, o que lhes causou grande repulsa, pois achavam que ele era anormal. Quando este lhes explicou que o normal era ter dez dedos e que eles possuíam uma doença congênita, o povo daquela aldeia o expulsou, ofendidos e totalmente indignados..."

Acho que esta história é parecida com aquela que aconteceu a 2.000 anos atrás, e continuamos indignados até hoje... Quando Jesus pisou este mundo mostrando o verdadeiro "ser" para a humanidade, o ser humano não acreditou e o achou anormal e o pregou numa cruz. Criaram doutrinas, montaram instituições e o transformaram num mito...sendo que Ele apenas queria mostrar a lei universal de causa e efeito!

Polaridades

Assim como a luz branca contém todas as cores, que usando um prisma, se revelam e dividem, também o Absoluto contém o Todo da manifestação, e ao usar o seu prisma (neste caso teríamos que descobrir o prisma do Absoluto) faz surgir o mundo material em todas as suas manifestações bipolares. A semente divina plantada no fundo do ser humano que se vê existir neste contexto de nuances bipolares, não sossega, e inicia sua escalada até o topo: o Pai Absoluto.

Podería-se dizer, que o Auto existente, jamais sofre mutação.

Se olharmos num contexto eterno, o Todo sempre será o todo, mesmo que analisemos suas partes. Compare-se novamente com a luz branca, quando vista por um prisma, torna-se visível em suas partes, mas jamais deixará de ser luz branca. Retira-se a luz branca e torna-se impossível a fragmentação. Sem a Luz branca, o azul deixa simplesmente de existir.

O espaço-tempo para nós é real porque resolvemos olhar desta forma, mas ele é apenas uma forma de analisar o Absoluto ou Eterno que é a verdadeira realidade. Na luz branca todas as cores se complementam e se harmonizam. As polaridades desta dimensão, por mais antagônicas que sejam, então devem se harmonizar em algum ponto da existência...

Três Tendências!

" O sentimento religioso da humanidade é como que arrastado à deriva principalmente por três forças, que parecem fortemente radicadas na natureza decaída do homem.
Estas são:

1. a tendência à magia;
2. a tendência à transformar a religião em hábito social;
3. a tendência à separar a religião do compromisso moral."

Extraído do Livro: Páginas difíceis da Bíblia. (E.Galbiati, A. Piazza).

Não desisto!

Não desisto porque aprendí a esperar
...com a paciência dos eternos,
e a teimosia de quem sabe que não é inútil...
Não desisto porque sei,
com a tranquilidade de um monge,
o que existe nesse olhar...
Mas não me humilho esperando esmolas vazias,
Por que preciso viver...
O sol que hoje me aquece ainda é o mesmo de ontem...
E por isso sei...
Que não existe fatalidade maior
Do que ter medo de viver,
Se a morte já nos é incombatível!

Ruas Inquietas!

Ruas inquietas...
É o que se vê todo dia,
Toda hora e tudo bem...
A noite vem, o sol se põe,
E eu também...
Mas a rua não dorme,
Não descansa e não se cansa,
de alguém...
A rua sente, consente
e não desmente,
Quem passa, quem fica,
Quem se deixa,
Se abriga e se obriga a ficar.
A rua sente os descalços,
os calços, os pobres, os ricos,
os absurdos, os loucos,
os dementes, os deficientes,
e seja lá... o que há!

Ainda

Ainda sou espelho quebrado tentando reconstruir meus pedaços...
Ainda reside calmaria em meu ser que está em busca do arco-íris...
Ainda estou perdida no deserto de mim mesma, a procura de um oásis...
Ainda sinto o calor insuportável e aguardo uma brisa refrescante...
Ainda sou peregrina e busco incansável, uma flor a beira do caminho...
Ainda estou indecisa, entre as encrusilhadas do meu coração errante...
Ainda perco-me olhando o céu negro à procura de uma estrela cadente...
Ainda sou nota desafinada entre as tantas que compõem a sinfonia...
Ainda estou em busca de uma sensação mais forte que a própria ilusão...
Ainda sou marca incontrolável desta estranha fonte de vida...
Ainda sento e medito, mas encontro apenas pontos de interrogação...
Ainda procuro respostas no ar, e só encontro reticências...

Tentando achar respostas!

Serei um centro de energia sem unidade permanente? Assim como os átomos, ora se comportam como ondas, ora como matéria? Estarei também analogamente inserida neste processo? Neste momento, na minha consciência relativa penso: me sinto existir, e neste existir, deduzo (especulo): Se eu não existir, não existirá nada, nada do Universo, nada do nada. Então deduzo que não posso ser o "nada total", e que posso ser o "tudo total", numa expansão de consciência infinita, onde tudo a minha volta sou eu, porque serei a manifestação do "não nada". Uma síntese do tudo e nesta síntese compreendo o tudo que está a minha volta, porque dentro de mim está o reflexo do todo... nesta reflexão, algo, na coerência do "meu ser", me responde que jamais poderia não existir se sou a manifestação do todo. Em algum lugar eu estaria pulsando... Mesmo dividindo-me em infinitas partículas, ainda estarei a existir...

Palavras Eternas

Nunca procure palavras eternas em caminhos costumeiros do poder humano.
Palavras eternas não ficam presas a dogmas, pois dogmas aprisionam as palavras,
E palavras eternas são o oposto do finito e controlado.
Palavras eternas devem coadunar com a liberdade.
Onde há controle,
Existe medo,
e no medo não existe verdade...

Ponto Zero

Ponto zero...?
Meu passado é menos um...(-1)
Meu futuro é mais um ...(+1)
Espaço-tempo!
Espaço ( O reino da matéria)
Tempo ( O reino do espírito)
Futuro: Pólo positivo
Passado: Pólo negativo

Eu sou a lâmpada, a terceira força no constexto tridimensional!

Curiosidade Intrigante

Rabino Adin Steinsaltz, cientista erudito comenta:

Na bíblia o tempo está as avessas. O futuro é sempre escrito no pretérito perfeito, e o passado é sempre escrito no futuro do presente. (Talvez) estejamos nos movendo contra a corrente do tempo.
The Living Torah (Maznaim, 1981).

Ilusões

A mosca não vê o vidro, e se debate intermitantemente sem perceber que o invisível faz a diferença entre a prisão e a liberdade. Assim também nós nos debatemos: o vidro são as ilusões em nossa vida... onde juramos estar a verdade!

...e quanto tempo passa até percebermos que alí no invisível existe uma barreira intransponível!

Ela deixa de ser intransponível, quando tomamos consciência da ignorância em que geralmente estamos mergulhados...

(Fig. Ro/81)

Análise espiritual da Física Quântica!

Pela espiritualidade quãntica, claro, termo criado por mim, mas que provavelmente já exista, posso deduzir que um objeto só existe na intrínsica dependência de minha percepção. Mas então dirás: _Quem te julgas ser a ponto de te julgares imprescíndível ao objeto ou em relação a ele? _Poderei responder que o contrário também é válido dizer. Sem o objeto de nada vale a minha existência, por que nada haveria para perceber e de nada valeria minha percepção.

Então minha existência teria sentido se eu fosse o objeto de atenção de algo "maior" além da minha percepção "oficial". Ser observado consistiria em minha "desculpa" para existir, mais do que "desculpa", razão entranhada para ter existência.

Neste meu doido raciocínio, chego a conclusão que algo que não é observado, definha.

Não saber-se observado à princípio não parece alterar o existir, mas ao trocarmos o termo "observado" por "desejado", me parece que há uma mudança radical. Saber-se desejado enche nossa experiência objetiva de frequência existencial. Logo, se eu existo e sei que existo, é por que estou cheia de luz... se percebo esta luz, certamente é porque estou sendo desejada por Alguém que me observa continuamente e sustenta meus átomos na dança universal.